Meu nome é Joaquim da Costa Ferreira Neto, sou brasileiro, residente em Portugal. Jornalista e professor por profissão, técnico em mecatrônica pelas necessidades de meu projeto.
Em 2015, enquanto realizava uma reportagem sobre catadores de lixo, deparei-me com as difíceis condições de trabalho enfrentadas por esses profissionais. Apesar de jornadas exaustivas, eles recebem uma remuneração irrisória pela venda de materiais recicláveis. Nesse contexto, surgiu uma ideia: por que não transformar o plástico coletado em produtos úteis, gerando um maior valor agregado? Com essa visão, iniciei um estudo aprofundado sobre a tecnologia de impressão 3D, o que me levou a fazer um curso de Mecatrônica para adquirir as habilidades técnicas necessárias.
Assim nasceu o Projeto 3D-Recycler, com o propósito de empoderar os catadores, oferecendo uma alternativa sustentável e lucrativa. O objetivo é que eles possam transformar resíduos plásticos em itens de uso diário, como utensílios, brinquedos e peças de reposição, que podem ser vendidos diretamente. Além de criar uma nova fonte de renda, essa iniciativa contribui para reduzir o impacto ambiental do plástico.
Expandindo essa ideia, desenvolvemos também uma unidade doméstica, compacta e fácil de usar, que funciona como um eletrodoméstico nas casas das pessoas.
Hoje, o 3D-Recycler se posiciona como uma plataforma que integra tecnologia, sustentabilidade e transformação social, possibilitando que todos — de catadores de lixo a indivíduos e instituições — façam parte de uma cadeia de produção mais justa e sustentável, além de contribuir para a redução da quantidade de plástico descartado diariamente na natureza.